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Europa se inquieta com retardo das vacinas

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Europa se inquieta com retardo das vacinas

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Ao mesmo tempo, autoridades alertam sobre novas variantes do coronavírus que provocam uma mortalidade maior A inquietação aumenta na Europa com uma campanha de imunização freada por insuficiência de vacinas contra a covid-19. Ao mesmo tempo, autoridades alertam sobre novas variantes do coronavírus que provocam uma mortalidade maior.

A produção de vacinas não responde à urgência contra a pandemia, mas esse é um cenário que ocorre também fora da Europa. Como o Valor publicou, outro risco é de em breve haver problemas no suprimento de seringas, com a demanda sendo muito maior que a capacidade de produção.

Primeiro, foi a Pfizer/BioNTech que anunciou na semana passada que desaceleraria a produção para aumentar uma fábrica na Bélgica, atrasando planos de imunização em vários países.

Agora foi a vez a AstraZeneca/Oxford, que confirmou na sexta-feira que uma fábrica enfrenta uma ‘’baixa de rendimento’’ e não poderá entregar todas as doses prometidas no prazo.

Isso bate em cheio no plano europeu. A Agência Europeia de Medicamentos poderá autorizar essa vacina no dia 29 deste mês, e a expectativa era de que a partir daí começaria essa vacina imediatamente seria utilizada na imunização.

AstraZeneca/Oxford tem uma vacina facilmente transportável, que se conserva entre 2 e 8 graus, e o preço durante a epidemia é de 2 euros por dose (4 euros por paciente, portanto, com duas doses).

A comissária de saúde da EU, Stella Kyriakides, afirmou na sexta-feira à noite que os países membros da EU expressaram ‘’profunda insatisfação’’ com o atraso de AstraZeneca. E continuará a pressionar o laboratório a fornecer os volumes encomendados e no prazo acertado.

Um problema, segundo analistas, é que os fabricantes enfrentam também falta de matérias-primas. Para fabricar sua vacina, a Pfizer e a Moderna necessitam de enzimas, nucleotidios e nanoparticulas lipídicas, que até recentemente não eram produzidas em grande escala.

Em alguns países, uma recomendação é para se usar cada frasco com a vacina para seis doses, e não cinco como inicialmente calculado.

Além disso, ‘’alguns países, como Israel, tiveram que aceitar bem mais que um preço mais elevado para receber mais doses de vacinas, como compartilhar com Pfizer todos os dados médicos das pessoas vacinadas, algo que eu não gostaria de ocorrer na Suíça ’’, afirmou a professora Claire-Anne Siegrist, diretora do Centro de Vacinação do Hospital Universitário de Genebra.

Segundo ela, nos estudos sobre as vacinas ‘’teve pouca infecção entre as duas doses, gerando uma estimativa de eficácia já elevada duas semanas após uma dose’’. No entanto, acrescentou, ‘’os dados provenientes de Israel indicam que essa eficácia entre as duas doses não supera 50%. A segunda dose é assim indispensável para aumentar a eficácia a 95%’’.

Além disso, os europeus estão ‘’mais e mais inquietos sobre diferentes variantes’’ da coronavírus, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ela sugeriu que ‘’viagens não essencial’’ são desaconselháveis, para evitar a expansão de variantes que surgiram.

Estudos científicos mostram que a mortalidade da variante britânica poderia ser de 30% a 40% mais elevada que a original.

Emrah Gurel/AP Photo

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