Lewandowski pede acesso a relatório da PF sobre mensagens da Lava-Jato
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Relatório concluiu não ser possível atestar a autenticidade e a integralidade das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que a 10ª Vara Federal do Distrito Federal encaminhe à Corte, no prazo de cinco dias, o relatório da Polícia Federal (PF) que concluiu não ser possível atestar a autenticidade e a integralidade das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing.
Além do relatório, o ministro pediu cópia das perícias realizadas em cada uma das mídias apreendidas em poder dos supostos hackers, como aparelhos celulares, tablets, notebooks, desktop; da perícia conclusiva englobando todo o material apreendido; e da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no caso.
A análise da PF foi feita a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O relatório é assinado pelo delegado Felipe Alcantara de Barros Leal, que era chefe do Serviço de Inquéritos da corporação.
Esta semana, o juiz Ricardo Leite, responsável pelo Spoofing na primeira instância, reconheceu a validade do relatório da Polícia Federal. Segundo ele, como o órgão atestou que a integridade das mensagens não poderia ser verificada, ele decidiu não compartilhar o material com os procuradores do Ministério Público Federal (MPF).
Nesse material constam diálogos entre integrantes da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná com autoridades, entre elas o então juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da operação na 13ª Vara Federal de Curitiba. Quando o teor das conversas veio à tona, advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por Moro, afirmaram que as mensagens indicavam proximidade indevida entre procuradores e Moro, o que confirmava as queixas da defesa de que Lula não teve um julgamento imparcial.
Procuradores e o ex-juiz negam irregularidades na condução dos processos e também não reconhecem a autenticidade das mensagens.
Lewandowski
Rosinei Coutinho/SCO/STF
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