O que esperar para as contas públicas em 2021, segundo o Safra
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Especialistas do Safra apontam que déficit primário em dezembro apresentou resultado negativo menor do que o esperado Governo encerrou o ano com déficit primário de R$ 771,5 bilhões, ou 10% do PIB (R$ 88,7 bilhões), abaixo da última estimativa do próprio Governo
Getty Images
Os especialistas em macroeconomia do Banco Safra apresentaram um relatório sobre as contas públicas após importantes divulgações em dezembro, que encerraram as leituras de 2020. Entre elas está o resultado primário do Governo Central, reunindo as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, que apresentou um déficit de R$ 44,1 bilhões em dezembro.
O número veio bastante próximo à projeção dos economistas do Safra (déficit de R$ 45 bilhões) e melhor do que o esperado pela mediana do mercado (déficit R$ 54,7 bilhões).
Com isso, o Governo Central encerrou o ano com déficit primário de R$ 771,5 bilhões, ou 10% do PIB. O resultado foi R$ 88,7 bilhões abaixo da última estimativa do governo, como havia previsto o Safra, segundo o relatório assinado pela economista Priscila Deliberalli.
De acordo com o documento, o Tesouro Nacional explicou que o resultado melhor do que o esperado foi provocado por uma receita líquida superior à estimativa em R$ 12,7 bilhões e pela execução das despesas, notadamente obrigatórias, inferior ao projetado em R$ 76 bilhões.
Segundo os economistas do Safra, isso pode levar para baixo a previsão das despesas obrigatórias de 2021, em valor estimado pela equipe que seja superior a R$ 16 bilhões.
Outra leitura sobre as contas públicas, desta vez do setor público consolidado, que acrescenta ao resultado do Governo Central os números de empresas estatais e estados e municípios, seguiu a mesma tendência do relatório do Tesouro Nacional.
O resultado primário foi de um déficit de R$ 51,8 bilhões em dezembro, menor do que o projetado pelo mercado (déficit de R$ 59,6 bilhões), mas em linha com as projeções do Safra. No ano, o déficit primário do setor público consolidado totalizou R$ 703 bilhões, equivalente a 9,49% do PIB. Em 2019, o déficit havia sido de R$ 61,9 bilhões, representando 0,84% do PIB.
Contas públicas: perspectiva de melhora para 2021
Já a dívida bruta do governo geral, que consolida números dos governos federal, estaduais e municipais, avançou para 89,3% do PIB, alta de 15 pontos percentuais no acumulado do ano. Ela alcançou R$ 6.615,8 bilhões em dezembro, aumento de 0,6 pontos percentuais do PIB em relação ao mês anterior.
Para esse aumento, contribuíram os gastos primários, refletidos no aumento de 9,1 pontos percentuais por emissões líquidas de dívida, a incorporação de juros nominais (aumento de 4,7 pontos percentuais) e a desvalorização cambial acumulada (aumento de 1,3 ponto percentual).
“O resultado de dezembro reforça a perspectiva de melhora da arrecadação com a recuperação de atividade e confirma nossa avaliação de gastos obrigatórios superestimados pelo governo, ambos fatores que podem ajudar o resultado deste ano”, afirma a equipe de Macroeconomia do Safra.
Para 2021, os especialistas projetam déficit de R$ 190 bilhões, ou 2,4% do PIB. Quanto à relação dívida/PIB, a expectativa é de que ela recue para 87,9%, beneficiada pela devolução de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro.
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