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Problemas logísticos atrasam entrega de vacinas destinadas ao Rio de Janeiro

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Problemas logísticos atrasam entrega de vacinas destinadas ao Rio de Janeiro

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Sem aeronave da FAB, Cláudio Castro tenta agora fretar dois aviões de carreira das companhias aéreas Gol e Azul, mas enfrenta dificuldades
Divulgação/Governo do RJ/Arquivo
A carga de 487,5 mil vacinas contra covid-19 destinadas ao Estado do Rio de Janeiro tiveram a entrega atrasada por problemas logísticos em São Paulo, local de origem.

Assessores do governador em exercício, Cláudio Castro, informaram que, sem previsão de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o traslado, o governo estadual tenta agora fretar dois aviões de carreira das companhias aéreas Gol e Azul, mas enfrenta dificuldades.

Antes com entrega prevista para as 13h no Aeroporto Internacional do Galeão, a carga pode não chegar a tempo da vacinação simbólica prevista para as 17h, no Cristo Redentor. Segundo assessores do governo, não há garantias da chegada do imunizante no Estado até o fim da tarde. Procurada, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que, até o momento, o evento no Cristo Redentor às 17h está confirmado.

Devido ao contratempo, Castro cancelou entrevista que daria em seu desembarque no Rio. Ele passou a manhã em São Paulo, na cerimônia de início da distribuição da vacina organizada pelo Ministério da Saúde.

O Valor questionou assessores sobre o fato de haver questões não esclarecidas como o número de doses a serem entregues inferior à expectativa do Palácio Guanabara e a necessidade de uma adaptação do plano de vacinação na primeira etapa da campanha. Mais cedo, Castro dissera que esperava receber em torno de 590 mil doses, mas o Rio receberá apenas 487,5 mil vacinas nesta primeira leva.

A rigor, essa reorientação sobre o grupo prioritário independe da chegada da vacina, mas o governador preferiu não dar explicações. Segundo seus assessores, ele está envolvido na busca por uma solução para o frete e, por isso, não teve tempo de falar com jornalistas.

O número de doses inicialmente aguardado já era insuficiente para a primeira etapa, visto que o Rio tem uma população de 1,3 milhão de pessoas com prioridade no primeiro momento, entre profissionais de Saúde, idosos com mais de 75 anos, além de indígenas e quilombolas. Com uma quantidade ainda menor, novos cortes terão de ser feitos no público-alvo.

Fontes próximas às discussões dão conta de que o primeiro lote de vacinas, que deve chegar ainda hoje, deverá ser reservado para profissionais de saúde necessariamente na linha de frente e idosos e deficientes internados em casas de repouso. A previsão, no entanto, não foi confirmada pelos assessores. A expectativa é de que essas informações sejam finalmente passadas na vacinação simbólica prevista para o fim da tarde.

O governo informou ao Valor que os aviões da FAB servirão apenas para o transporte de vacinas a Estados distantes de São Paulo. Os demais devem ser atendidos por voos de linha aérea. É o caso do Rio de Janeiro.

Quando chegar ao Rio, toda a carga será levada para um centro de distribuição na cidade vizinha de Niterói, de onde seguirá para todos os municípios de forma isonômica.

Na manhã de hoje, o secretário de governo do Rio, Nicola Miccione, garantiu que nenhuma cidade receberá vacinas antes das outras, nem mesmo a capital, onde os aviões carregados vão aterrissar. Miccione participou de cerimônia no Palácio Guanabara para anunciar que, quando houver vacina, haverá aplicação em supermercados e estacionamentos de shoppings da cidade.

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