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Audiência da Vale com governo de MG termina sem acordo sobre Brumadinho

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Audiência da Vale com governo de MG termina sem acordo sobre Brumadinho

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Secretário-geral do governo mineiro disse que a empresa agiu como se estivesse em um leilão Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada na tarde desta quinta-feira entre a Vale e o governo de Minas Gerais, no Tribunal de Justiça do Estado, para definir a indenização relativa às perdas causadas pela tragédia de Brumadinho, que completa dois anos na segunda-feira.
De acordo com o secretário-geral do governo, Mateus Simões, a partir do dia 1º de fevereiro o caso volta para a primeira instância para ser sentenciado pelo juiz Elton Pupo Nogueira. A Vale recebeu, no entanto, uma semana de prazo para apresentar uma nova proposta de valor para as indenizações.
Brumadinho
Leo Correa / Associated Press
O governo de Minas Gerais tentava negociar um valor de R$ 54 bilhões, que inclui indenizações por danos econômicos e morais. A empresa falava em um valor da ordem de R$ 21 bilhões.
Simões, que participou da audiência, disse a jornalistas que a empresa agiu como se estivesse em um leilão. “Não vamos nos lançar num leilão para definir o valor desse acordo. Os projetos que foram apresentados somam um valor que é o mínimo necessário para garantir a recomposição dos danos gravíssimos que foram causados à população atingida”.
“Discutir valores como se estivéssemos efetivamente dando lances não vai ser aceito pelo Estado e nem pelas instituições de direito. E é por isso que neste momento encerramos a possibilidade de audiências”, acrescentou.
O secretário afirmou que o governo aguarda uma última manifestação da Vale “na direção de um número efetivamente capaz de indenizar o Estado de Minas Gerais e a população da área atingida”.

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